1 de mai. de 2014

O trabalhador invisível

Por: Eliana Rezende



Começo com uma pergunta simples:

Você em seu cotidiano "vê" um gari?

A pergunta pode parecer óbvia e alguns inclusive dirão: “mas é claro!”
Mas será que de fato é assim?
Acompanhe-me:
Tempos atrás lia sobre um pesquisador que para desenvolver sua pesquisa de Mestrado na área de Psicologia Social vestiu-se de gari um dia por semana durante um período de seis anos, dentro do próprio Campus da Universidade de São Paulo no Departamento de Psicologia. 

Clicando aqui você pode conhecer mais sobre essa pesquisa e seu recorte.

No decorrer de sua pesquisa e para sua surpresa, percebeu o quanto essa categoria era ignorada por professores, alunos e funcionários. Em suas palavras:

“Conhecia muitas das pessoas, porém, todas passavam sem me olhar. Em determinado momento, um professor se aproximou e interrompi a varrição para cumprimentá-lo, debruçando-me sobre a vassoura. Ele não me notou. Chegou a esbarrar no meu ombro e nem sequer parou para pedir desculpas”

Sua experiência serviu apenas para mostrar que muitos destes trabalhadores mantém-se restritos aos seus próprios círculos e evitam o contato visual com outras pessoas como forma de proteger-se de formas de violência ou desprezo social. O que revela uma forte exclusão ligada à divisão social do trabalho.



Tal forma de invisibilidade recebe o nome de "invisibilidade social". O termo aplica-se em especial à profissões que, apesar de fundamentais para o funcionamento social, são totalmente ignoradas pela ampla parcela da população. Quer por preconceito, quer por indiferença. De modo geral, é uma indiferença que parte de camadas sociais consumidoras e com maior poder aquisitivo em relação às que habitam sua margem, ou que estão excluídas por causa de sua condição social.

No caso da pesquisa supra citada, o exemplo foi revelador, pois o pesquisador simplesmente trocou o lado e vestiu-se com um uniforme, dentro da própria instituição que estudava e descobriu que havia algo invisível à sua volta, que ele não havia se dado conta até então. Estar dentro dos muros da maior universidade do país e ainda assim encontrar tal tipo de invisibilidade apontou para um substrato de uma cultura da superioridade do conhecimento acadêmico em detrimento do trato humano entendido como relação social e humana.
Isso nos causa certo "choque" exatamente por que seria um espaço onde se esperaria que tais atitudes não devessem acontecer. Infelizmente, esse comportamento pode ser recorrente: claro que não podemos generalizar, mas ocorre.

Agora, partindo-se desse ponto, a pergunta quase inevitável e que destino a todos é:


Em seu cotidiano você “vê” tais trabalhadores? 


E amplio um pouco mais: Não apenas eles, mas uma gama imensa de operários, trabalhadores que edificam e erigem com seus braços caminhos, moradias, espaços e que em muitos casos (eles) não podem ser usuários dos mesmos. Vivem a exclusão e invisibilidade consentida de todos os que deles dependem e necessitam.

Falo de faxineiros, porteiros, pessoal da manutenção, jardineiros, pedreiros, ascensoristas, recepcionistas, seguranças, empacotadores, entre muitos outros.

Pergunto exatamente porque esta pesquisa veio mostrar as teias de invisibilidade que estão por traz de formas menores de preconceitos que tomam em conta a origem e a condição social.

Muitos veem apenas como seus iguais aqueles que possuem o mesmo colarinho.
Todo e qualquer trabalhador que não tenha esse parâmetro torna-se invisível.
Talvez tenhamos que avaliar como anda a redoma que às vezes nos pomos.

O cumprimento e a atenção estendidos a quem quer que seja além de denotar boa educação e consideração ao outro aponta nossos universos de prioridades e hierarquias.

Essa invisibilidade tecida muitas vezes por cargos de liderança infelizmente tem muito que ver como uma concepção muito arcaica, e pessoalmente gostaria de ver eliminada, que é a de que as pessoas são diferentes por exercerem funções tidas como menores ou terem tido menos oportunidades, escolaridade ou títulos. Isto é um equívoco imenso, mas infelizmente muitos em cargos de liderança nos fazem lembrar que essa nódoa existe e que continua sendo praticada diariamente. 

É de fato algo que precisamos superar.

Outro aspecto interessante nesta pesquisa foi apontar que em muitos casos os uniformes servem como “manto de invisibilidade”. Já que por meio de tais uniformes condiciona-se pessoas a determinados usos do espaço social. Indicam de onde vem e qual a função que ocupam e como devem ser “vistos”. É uma dentre tantas fronteiras que os espaços profissionais podem tecer.

Os uniformes, muitas vezes usados como garantias de segurança ou hegemonização dos espaços liga-se profundamente a ideia de exercer o controle, poder e vigilância.

Essa coisa de exercer a vigilância como forma de centralizar o poder e controlar pessoas é talvez a grande ambição humana. Acho que a relação humana acaba sempre colocando como mediação formas de controle para justificar atuações, sejam elas políticas, sociais, econômicas, entre outras. Basta pensarmos em Michel Foucault.

Como se vê, as barreiras não são apenas físicas e edificadas com tijolos. Podem estar à nossa volta e o que é pior, podemos ser nós a erigi-las. Por isso, creio que lidar com o diferente é algo que começa em casa e o outro terá que ser incluído em nossas existências, posturas e ações. Falar, projetar e pensar sempre é mais fácil que agir. Mas é nossa responsabilidade colaborar para esse salto qualitativo de relação.

Creio que aqui seja um bom momento para assistirmos o próprio pesquisador falando sobre seu tema:



Vejo que o fundamental é sempre olharmos com várias perspectivas e nisso a troca com outros é fundamental. O que para nós às vezes não é óbvio ou claro pode ser oferecido pelo olhar alheio.

Tenho o hábito de os cumprimentar sempre: inclusive os que estão nas ruas e não apenas nos locais que eu trabalho. E em muitos casos, presencio a surpresa que ficam. Olham-me com um misto de surpresa e timidez. E reproduzo o ato a todos que sei que prestam um serviço fundamental para que tudo funcione bem: ascensoristas, motoristas, senhoras do café e limpeza, porteiros, pessoas da manutenção, recepcionistas, entre outros. Tal qual faço com os Gerentes, Coordenadores, Diretores, Presidentes, Superintendentes, Secretários de Governo. Recebem de mim o mesmo cumprimento e sorriso (posso garantir!).
O que fica claro para mim a cada cumprimento é que em sua essência todos gostam da mesma atenção. Então, por criar diferenças?

Como digo sempre, temos que olhar de um ponto de vista empático. Se não soubermos exercer a empatia pouco prosseguiremos no sentido de extirpar esse mal do nosso meio.
Estimular a empatia e exercê-la cotidianamente nos tornará melhores e mais receptivos ao outro. Escrevi sobre empatia em outro post, e você poderá saber mais clicando aqui:

De fato, o que escapa há muitos é que existe uma dimensão humana e de importância relacional que está para além da posição que ocupa ou do cheque que ostenta. Não são os colarinhos que fazem as pessoas, mas a alma que as torna indivíduos que contribuem ao seu em torno. É isso que num mundo tão voltado ao ter se esquece: o que verdadeiramente conta é o que somos e não o que temos, já que é o somos que conseguimos levar para todos os lugares e ninguém nunca nos tirará. O que temos é só uma condição pontual altamente mutável.

Escolho para encerrar esse post um poema. 

É de Bertolt Brecht, "Perguntas de um trabalhador que lê":

Quem construiu Tebas, a cidade das sete portas? 
Nos livros estão nomes de reis; os reis carregaram pedras?
E Babilônia, tantas vezes destruída, quem a reconstruía sempre?
Em que casas da dourada Lima viviam aqueles que a edificaram? 
No dia em que a Muralha da China ficou pronta, para onde foram os pedreiros? 
A grande Roma está cheia de arcos-do-triunfo: quem os erigiu? 
Quem eram aqueles que foram vencidos pelos césares? 
Bizâncio, tão famosa, tinha somente palácios para seus moradores? 
Nlegendária Atlântida, quando o mar a engoliu, os afogados continuaram a dar ordens a seus escravos. O jovem Alexandre conquistou a Índia. 
Sozinho? 
César ocupou a Gália. 
Não estava com ele nem mesmo um cozinheiro? 
Felipe da Espanha chorou quando sua frota naufragou. Foi o único a chorar? 
Frederico Segundo venceu a guerra dos sete anos. Quem partilhou da vitória? 
A cada página uma vitória. 
Quem preparava os banquetes comemorativos? 
A cada dez anos um grande homem. 
Quem pagava as despesas? 
Tantas informações. 
Tantas questões.

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17 comentários:

  1. Concordo plenamente que há uma distinção muito grande entre quem executa e quem faz, isto é, os obreiros e o dono da obra.
    Quando se faz estes questionamentos, além de auxiliar na moral dos que executam as obras, dá maior incentivo às pessoas a se tornarem quem as faz, todos querem seus nomes nos anais da história (mesmo sem entender completamento o que isto signifique).
    Está no ser humano, tanto a necessidade de empatia quanto a necessidade de superioridade.
    Igualidade entre todos é algo desejável por todos, todos os que não se encontram em posições superiores, assim que conseguem este "status" deixam de desejar a igualdade.
    Todos os invisíveis, assim que conquistam a visibilidade, esquecem-se do tempo em que não eram vistos e praticam os mesmos atos.
    Podemos ver isso mais claramente na música de Chico Buarque, Brejo da Cruz, https://www.youtube.com/watch?v=lluLyqheTu0.

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    1. Ol@ Marcio...
      Nosso mundo altamente compartimentado e segmentado criou nichos e formas de organização. E os mesmos possibilitam o funcionamento de uma complexa engrenagem de produção/utilização do mundo.
      O problema começa qdo permitimos que tais compartimentações que tem que ver com divisões de trabalho se confundam com a forma como olhamos este Outro.
      Aí de fato podemos ir para a esfera do parar de enxergar pessoas que são fundamentais para que toda essa dinâmica exista.
      Daí a importância desse olhar atento às nossas atitudes.
      Abs e grat@ pela interlocução

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  2. Muito apropriada esta postagem. Parabéns!

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  3. Nunca desprezei ninguém e sempre admirei o trabalho de garis, lixeiros e outras profissões. Penso que o trabalho de todos é muito digno e, principalmente em algumas profissões é muito difícil.
    A moça da reciclagem que passa toda segunda-feira de manhã, entra em minha casa para tomar um cafezinho. No final do ano, dou uma ‘caixinha’ para os lixeiros e antes da Páscoa, dei uma barra de chocolate a cada um da equipe. Sempre compro uma marmita para o gari que varre minha rua. Assim, almoça uma comida quentinha.
    Converso com todos e agradeço pelos serviços prestados. Penso que assim, estou fazendo minha parte para a valorização desses profissionais que tanto precisamos em nosso dia a dia.

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    1. Ol@Imara...
      As formas de reconhecimento podem ser muitas e variadas. O importante é sabermos mostrar esse nosso agradecimento.
      Para tais trabalhadores invisíveis o simples bom dia ou um obrigada os faz sentir-se parte. E com certeza não custa esforço algum, não é mesmo?
      Abs

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  4. A invisibilidade muitas vezes não significa descaso. As pessoas trabalham em diferentes setores e são vistas por seus pares. Quem é alheio ao setor geralmente não é visto ou então é muito notado. O frentista, tão necessário como todos os invisíveis, foi esquecido no seu texto. Mas ele é visível na empresa em que presta o serviço. A multidão é heterogênea e individualmente indefinida. Então, o que expresso é que não existe essa invisibilidade preconceituosa, pelo menos não da parte de quem pensa, trabalha e realmente vive o ser humano. Porém, pessoas que não se enxergam, não podem mesmo enxergar o outro. O egocêntrico nem vê o mundo ao seu redor. O que não está no seu mundinho então, nem se fala. A grande dificuldade é não querer ser magnânimo e maravilhoso porque se distribui cumprimentos aos que, preconceituosamente se julga menor do que a si mesmo. Percebeu?

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    1. Ol@ Thalma...
      A questão da invisibilidade que procurei trazer à tona aqui nada tem que ver com uma maniqueísmo proposital. Elas tem que ver como indivíduos sociais inseridos num mercado consumidor veem os invisíveis dentro desta mesma sociedade.
      A forma que procurei mostrar é a de que forma cada um individualmente dá sua parcela de visibilidade e invisibilidades a todos esses trabalhadores nos desempenhos de suas funções atraves da forma como os trata e "vê".
      Veja, que não falo aqui daquele sentimento que tbm pode parecer pequeno que é o de "ajudar". Não. Falo de respeito, cumprimentos dados olho no olho. Atenção dada e dispensada a um igual e não um "inferior" que eu me digno a olhar.
      Essa forma que denota preconceito existe sim e a pesquisa apontada mostrava isso.
      Portanto fica minha dica de auto reflexão...
      Abs

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  5. "Trabalhadores invisíveis" não são resultado simplesmente do descaso. Trabalhadores meniais, como seres invisíveis, são uma constante em quase todas as eras. Nem chegam a ser exclusividade desta ou daquela cultura (veja os 'eta' japoneses, por exemplo). Ninguém se pergunta, ou lhes importa quem construiu os grandes castelos, os palácios ou os grandes museus. Quando perguntados, respondemos: "o rei tal..." ou "o arquiteto tal...". As sociedades formatadas em hierarquias, classes ou castas, relegam às últimas ou mais baixas esta qualidade da invisibilidade. Hoje em dia, quando esta 'invisibilidade' é tão ostensiva que podemos claramente identificar sua existência, chamamos de: preconceito.
    Eles (os invisíveis) sabem quem são, podem nominar a si mesmos. Por outro lado, e eis um dos paradoxos da nossa sociedade, o consumo é mandatório. E para que (ele) aconteça deverá haver quem o faça... passando pela mítica cidade mourisca de "Dámascusta", claro. Enfia-se goela abaixo de todo mundo que o consumo É essencial. E para isso criam-se necessidades inecessárias: "beba Coisa-e-Tal", "a vida é um jeans velho...", "as cores da moda...", novelas, BBBs, slogans e jingles cacofônicos. De tal forma efetiva que, verticalmente, atinge-se todo mundo. E aqui os 'Sísifos' começam a se ver. Não mais sobreviver e procriar, agora consumir faz parte do seu programa. O esbarrão casual, seguido da falta de educação, passa a ser notado.
    E, os "doutores", longe das ideologias, só enxergam verdadeiramente este outro lado da vida quando, por qualquer desvio, eles próprios se veem "caídos em desgraça" e impossibilitados de consumir como antes. Vestidos de outra hierarquia, classe ou casta.

    Eta - http://www.cabovolo.com/2008/04/burakumin-los-intocables-del-japn.html

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    1. Ol@ Lionel...
      Muito boa tua contribuição!
      Gostei muitissimo tbm do link
      Abs e obrigada

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  6. Isso tudo me lembra e muito uma música do grande Zé Geraldo: "Cidadão".

    http://letras.mus.br/ze-geraldo/68686/

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    1. Ol@ Kaika...
      Sabes que qdo estava preparando o post cheguei a separar o video. Mas depois nao sei pq esqueci e publiquei sem.
      Mas valeu tu lembrança e link. Obrigada por contribuir!
      Abs

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  7. Acho pertinente também apontar que conquanto o trabalho, e por extensão, os profissionais de determinadas, permaneçam "invisíveis" isso é um indicador de excelência no cumprimento de suas tarefas/deveres! Afinal, quando percebemos as ruas sujas, ou temos de ler sobre as organizações sindicais de determinados setores isso costuma ser uma indicação de problemas, ou ainda, quando jantamos e a atuação de garçom acaba chamando mais atenção que a própria refeição. Então, em certo sentido, não aparecer é um excelente sinal! Por outro lado, a falta de civilidade e humanidade com que certas categorias profissionais são tratadas faz lembrar as críticas das distopias de Orwell quando imaginava uma sociedade dividida por castas, marcadas pela imobilidade social, pelo determinismo. E, graças aos Céus, a realidade é insistentemente diferente disso... Há casos - registrados - de garis que tiveram em seu trabalho acesso a materiais de estudo, que aprenderam outras línguas, etc... Não, infelizmente não é uma regra, é uma exceção, mas tais ocorrências é que sã capazes de tornar visíveis, de ma maneira extremamente positiva e benfazeja, a existência, a atuação e a superação desses seres humanos.

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    1. Ol@...
      A lista dos invisiveis poderiam crescer muito de fato.
      Escolhi tomar a questão da invisibilidade social não como algo esperado da profissão mas como uma forma de exclusão.
      No entanto, como vc bem aponta ha os casos em que a invisibidiade é desejável, esperada e necessária. Mas não este aqui o caso.
      Espero com o post fazer com todos a reflexão de que alguns personagens são fundamentais na vida das instituições e precisam de nosso muito reconhecimento e respeito.
      Abs e grata pela interlocução

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  8. INVISIBILIDADE SOCIAL- palestra que mexeu com todos na plateia durante o Congresso ADH em 2007. Sua explanação sobre o tema o tornou mais interessante ainda! Parabéns!
    Artigo amplamente compartilhado nas redes sociais e indicado no meu blog (http://apiolho.blogspot.com).

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  9. No meu trabalho aprendi, com o tempo, a cumprimentar a todos, independente dos cargos que ocupavam. Por sinal conversava mais com o pessoal de nível médio e auxiliar do que com os “medalhões”, que passavam sempre apressados e mal cumprimentavam os seus colegas de trabalho.
    Penso eu, isso está correto?
    Cada um tem o seu jeito de ser, uns mais orgulhosos que outros e que se transformam quando ocupam cargos comissionados, deixam de cumprimentar os demais.
    Penso eu, para que tanto orgulho, uma vez que a empresa era pública e sempre havia mudanças, geralmente de quatro em quatro anos quando mudava a diretoria colegiada. E aqueles que ocupavam cargos comissionados eram substituídos por outros de confiança da nova diretoria.
    Ficavam tristes e cabisbaixos pensando que iriam ficar eternamente nos cargos que ocupavam. Coitados!
    Ninguém sabe o que vai acontecer amanhã, podemos precisar uns dos outros em alguma situação difícil de nossa vida e quem sabe, exatamente aqueles que não valorizávamos ou cumprimentávamos irão nos socorrer, pois são antes de tudo seres humanos iguaizinhos a todos nós, que na sua humildade e imensa grandeza de coração se dão de corpo inteiro para ajudar o próximo, coisa cada vez mais rara hoje em dia.

    Um cordial abraço,

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  10. Li, hoje o texto, e na minha opinião, infelizmente muitos estamos "transvestidos de gari" e outros profissionais pois muitos perderam a importância que deve ser dada ao ser humano.
    Poucos são aqueles que preocupam-se com seus aparelho celular, smartphone e outros, mas esqucem de dar bom dia a um familiar.

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