18 de jul. de 2014

A dança como metáfora corporativa

Por: Eliana Rezende

É a primeira impressão a que fica?

Quantos de nós somos capazes de admitir a quantidade de pré-conceitos que carregamos quando confrontados com um primeiro olhar?
O exercício aqui será simples. A dança será apenas uma "licença" para abordar temas que tem que ver com o nosso autoconhecimento e postura profissional. Uma forma divertida e inusitada de falar de preconceitos, improviso e flexibilidade nas relações.


Você escolhe o ritmo e assiste a apresentação de um rock ou um tango. E, se simplesmente não resistir assista aos dois!
Rock?! Tango?!
Mas o que isso poderia ajudar a pensar sobre idéias preconcebidas?
Acompanhe-me.
Ah! E se ao final não resistir, aplauda! Todos fazem isso!


Vamos ao Tango? 


Agora explico o porque da proposição de pensarmos a dança como uma metáfora para o universo corporativo. 
Devo dizer que transpor o que vimos, nos dois casos, tanto para nossa vida pessoal, profissional e intelectual é um exercício muito interessante.
Afinal, surpreende o expectador, pelo que já possui de pré-concebido num tango, ou mesmo em um rock dos anos 50: a mulher é sempre a grande estrela e o foco principal. 
Em geral, é nela que todos os olhos se prendem e concentram.
No entanto, aqui um elemento de surpresa é acrescentado de cara quando biotipo e gênero não são o que se espera.

A seguir, e não menos surpreendente, está o que para mim seja a forma como lidamos com o inesperado, com os limites que, muitas vezes, nos impomos. Ora, tais limites podem ser intrínsecos ou extrínsecos a nós. A medida que permitimos que nossa flexibilidade, adaptabilidade e criatividade os vença, podemos simplesmente ter a grata satisfação de contentamento. O citado gênero e biotipo na dança não correspondem às nossas ideias preconcebidas.

Mas que satisfação ver o resultado da dança que assistimos, não é mesmo?

Eventualmente, e em situações semelhantes metaforicamente, conseguimos perceber como se abrem em leque nossa capacidade de aceitar como válidas novas opções. A flexibilidade, adaptabilidade e criatividade, cada vez que são usadas passam a fazer parte de nosso repertório empregado para desenvolver soluções. O primeiro passo é estar pronto e aberto à surpresas! Descubra que ao lançar-se aos desafios poderá se surpreender com soluções que poderão até ser simples, como alguns passos de dança.

O que é preciso é se lançar!

Como na dança, o primeiro passo pode parecer muito difícil. Um fiasco pode apresentar-se quase como uma sentença. Mas sem permitir que o primeiro passo seja dado nada acontecerá nem para o bem nem para o mal. 

"Estar pronto e aberto para surpresas" nem sempre é o comum e em muitos casos é um gerador de ansiedades, dependendo do perfil de cada um. Afinal, surpresas são surpresas exatamente por serem o que são, inesperadas!
Algumas boas, outras nem sequer pensamos que fossem possíveis. Às vezes, as deixamos passar desapercebidas, para num susto posterior se perguntar: "como foi que não enxerguei isto?!"    

Alguns chamam tudo isto de Serendipity. 

Nunca ouviu falar? Então descubra um pouco mais sobre o que é e quais algumas de suas características:





Afinal, na vida tanto quanto na dança, os encontros podem ser surpreendentes, inesperados e trazer um dado inusitado que acrescentará perspectivas e possibilidades. 
Porque não falar sobre a importância das parecerias e de compor com elas formas criativas de solucionar problemas?

Diante do novo e inusitado a capacidade flexível de adequação, com soluções muitas vezes inéditas, e portanto, inovadoras para antigos problemas corporativos pode ser exercitada, e até com muito bons resultados.

Enfim, ficar confortavelmente instalado ao dado linearmente e colocado como rotina é o caminho mais curto para acomodação e enrijecimento de ideias e posturas. Ao abrir-se ao novo e inusitado tomando aparente limitações como vantagens você descobre que não apenas está em você a possibilidade e capacidade de superação, mas que provavelmente contagiará todos à sua volta. 


Então, porque simplesmente não tentar?
Deixe os medos de lado e lance-se! De repente até vai se divertir...

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10 comentários:

  1. Oi Eliana:
    Boas segundas primeiras impressões ou boas primeiras impressões de segunda vista são difíceis de acontecer. Mas, agradáveis surpresas como a de assistir o Aoniken Quiroga dançar, são para sempre. O paralelo possível que é feito entre a sua dança e o mundo corporativo é evidente. Ainda mais quando os elementos apresentados não possuem o biotipo de um Carlinhos de Jesus, por exemplo. Coisas culturais.
    Se mudassemos o cenário para outros ambientes, veriamos como esses mesmos elementos são rotina. A leveza e quase magia dos passos e o impossível dos processos executados seriam um assombro. Algo como colocar 397.000 kilos em vôo a 913km/h.
    No entanto, todos os dias pelo menos um B747 completamente carregado alça vôo sem maiores incidentes.
    (Ok, ultimamente há controversias, mas isso é motivo para outro comentário...)
    Nós, gente comum, pesamos menos e podemos bem mais.
    Abs

    LionelC
    1521

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    1. Ol@ Lionel...olá Grupo...
      A dança aqui foi apenas uma "licença" para abordar temas que tem que ver com o nosso autoconhecimento e postura profissional. Uma forma divertida e inusitada de falar de preconceitos, improviso e flexibilidade nas relações.
      E pq não enveredarmos sobre a importância das parecerias e de compor com elas formas criativas de solucionar problemas? Sim...há mesmo muito a explorar neste caso aqui... Divirta-se!
      E muito grat@ pela troca de compassos comigo
      Abs

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  2. Quantas pessoas, que amam evoluir, poderão se enriquecer com tesouros de conhecimento postados pela Eliana Rezende, se souber como acessá-los!
    Por isso, com admiração, posto esses:
    http://pensadosatinta.blogspot.com.br/2014/07/a-danca-como-metafora-corporativa.html
    http://pensadosatinta.blogspot.com.br/p/blog-page.html
    Teruko Monteiro, Rio de Janeiro

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    1. Ol@ Teruko...
      Muito grata!
      Obrigada de verdade!
      Tenho que dizer que escrever para o blog é para mim exercício de comunicação e enorme prazer.
      Uso meus momentos de inspiração para encontrar temas diversos e poder acrescentar a outros prismas...apenas isso!
      Abs

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  3. Exemplos e incentivos - como sua vida e seu trabalho - são fontes agradáveis e necessários para todos que amam evoluir, querida Eliana Rezende!!!
    Recomendei no g +
    Abraços, com admiração!!!

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  4. Muito legal, Eliana! Gosto muito do conceito de serendipidade e saboreio sempre que ela se manifesta e resgata o meu encantamento diante da vida. Que importante é manter "nossa capacidade de aceitar como válidas novas opções", como você muito bem coloca. A vida só pode surpreender quem está disponível, aberto. Perceber o que está oculto, o que precisa de um olhar curioso e inocente. Como metáfora do mundo corporativo é perfeita, mas em todas as situações da vida somos limitados pelos nossos "pré-conceitos" e estereótipos. Não é exagero dizer que o dançarino roubou a cena da parceira. Dela já era esperada aquela performance. Grata pela postagem tão bacana! ;-)

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    1. Ol@ Felicidade...
      Sim, isso mesmo!
      Achei perfeito usar o dançarino para tocar no ponto dos pré-conceitos e da capacidade de flexibilizar posturas. Ele é exímio em usar sua flexibilidade e talvez por isso nos hipnotiza!
      Abs e obrigad@

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  5. "O acaso só favorece a mente preparada" — Louis Pasteur(http://pt.wikipedia.org/wiki/Serendipidade).
    Que bacana Eliana, obrigado por mais uma pincelada de luz.

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    1. Ol@...
      Os prismas ajudam a luz se fazer multifacetada e brilhante. Por isso, cada um com seu prisma soma tanto!
      Abs

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  6. Ol@ Josiane...
    Muito grata pela contribuição!
    Abs

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